Cultura e Lazer

Você sabia que nosso bairro fez 100 anos essa semana?

História

A Casa Verde é um bairro do distrito da Casa Verde, na Zona Norte do município de São Paulo. Tradicional bairro de sambistas, é famoso por ser o bairro das escolas de samba Império de Casa Verde , Morro da Casa Verde e Unidos do Peruche . Foi fundado em 21 de maio de 1913.

O lote do bairro era de propriedade de Amador Bueno (1641), passando, mais tarde, para seu descendente José Arouche de Toledo Rendon. É nessa época que ficou então conhecido como o “sítio das moças da casa verde”. O nome do bairro provém daí, sendo as moças citadas as filhas de Rendon, que eram assim conhecidas pois a casa-sede era pintada da cor verde.

 

Uma praça do bairro

O lote passou a ser de propriedade de João Maxwell Rudge, filho do inglês John Rudge, em 1842 e, em 1913, passou para seus herdeiros, que tinham a pretensão de criar o bairro do “Vale do Tietê”. Porém o nome não foi adotado, na prática. No início do século XX, o bairro da Casa Verde começou a adquirir seu formato atual, com a construção da ponte de madeira, a chegada do bonde, da luz elétrica e a construção da igreja.

Por causa do Aeroporto Campo de Marte no bairro de Santana, até os anos 1980 eram poucos os prédios existentes no bairro. Após uma revisão do comando da Aeronáutica, houve uma liberação de uma parte da faixa proibida e a Casa Verde começou a se verticalizar. Em 2013, o bairro serve de cenário à telenovela Sangue Bom, da Rede Globo.

Origem do nome Casa Verde

Há controvérsia quanto a origem do nome. Sabe-se no entanto que a história se entrelava com a de moças descendentes de Amador Bueno Ribeiro eram filhas do general José Arouche de Toledo Rendon muito populares entre os rapazes da faculdade de direito do Largo S. Francisco de quem o general foi o primeiro diretor. Alguns relatos dão conta de uma casa verde no sítio na margem dentro do Rio Tietê; outros falam da grande e nobre irmandade Arouche Rendon viviam numa casa verde numa antiga travessa do Colégio (hoje Anchieta). Elas eram conhecidas como “as moças da casa verde da travessa do colégio” as terras do general José Arouche de Toledo Rendon se estendiam até a margem direita do Tietê. Em 1852 morre dona Caetano Antonia, a última das “moças da casa verde” o sítio passa pela mão de vários donos até chegar a família Rudge que acaba por loteá-lo. Mas na voz popular a região continuou a ser chamada como casa verde numa referência a casa.

 

Cronologia da Casa Verde

1638 – sítio com um total de 200 alqueires, propriedade do “todo poderoso” Amador Bueno Ribeiro (provedor da capitânia, capitão mor, ouvidor, contador de fazenda real, juíz de orfãos) – e aclamado pelos espanhóis – aqui radicado em 1641 como “rei”. Na época era cultivado na região trigo, cevado, vinha, produtos considerados tipicamente europeus.

1794 – O tenente coronel José Arouche de Toledo Rendon envia ao seu irmão em Lisboa uma caixa de café produzido no sítio.

1852 – O sítio passa para Francisco Antonio Baruel passando por diversos outros donos.

1882 – João Maxwell Rudge torna-se proprietário do sítio.

1913 – Os herdeiros de Maxwell Rudge decidem lotear o sítio. Em 21 de maio o 1º lote é vendido. Elas dão o nome de Vila Tietê que afinal não foi assimilado pela população continuando a ser conhecida como casa verde.

1915 – Os irmãos Rudge constroem a ponte de madeira sobre o Rio Tietê.

1922 – Chegada do bonde no bairro.

1925 – Lançada pedra fundamental da Igreja S. João Evangelista.

1927 – Lançada pedra fundamental da Paróquia N.S. das Dores.

1928 – Lei nº 2335 de 28 de dezembro cria o distrito de paz da Casa Verde.

1937 – Chegada da luz elétrica do bairro.

1954 – A ponte de madeira é substituída pela atual de concreto.

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